quinta-feira, 10 de março de 2011

Um minuto para as palavras, elas merecem.

(correndo, correndo, correndo...)
Tenho adorado os comentários que tenho lido, as palavras que tenho escutado, as coisas em pedacinhos de papel que tenho recebido, as palavras anotadas em cantinhos de folha pra não serem perdidas. Tenho adorado! Tenho amado esse carinho, esse retorno bonito...
Há uns meses, conversando com uma amiga minha, perguntando pra ela o que cada palavra que ia dizendo lembrava... Disse "vontade" e ouvi "Richelli". Guardei isso! Achei bonito! Achei bem bonito! E ontem, fazendo a mesma coisa com outra amiga, disse "alma" e ouvi... "tu". Acho que nem deu pra guardar ainda de tão grande... sinceramente.
A gente corre, corre, corre... faz, faz, faz... E confesso: parar pra mim é complicado também, e muito. Tem sempre uma coisa nova pra mexer, pra saber, pra descobrir... pra decifrar. E tem sempre uma coisa antiga que ainda merece a mesma atenção. Parar é complicado! É mesmo!
Mas daí a gente se depara, quando a gente menos espera, com essas palavras, com esses carinhos,... E ah, vale a parada! Vale largar o lápis, o livro, a pesquisa, o caderno,... Vale cair aqui e dizer o quanto isso é maravilhoso!
O dia de amanhã é a incógnita do dia de hoje. Arrumar a mochila, passar a farda,... Tudo isso é muito válido, porque esperar é válido, planejar é válido. Mas mais válido acho que são as palavras de hoje, que sonham com o dia de amanhã. Acho que é o amor de hoje, o afeto de hoje,... que deixam o amanhã inesperado- e esperado... mais doce.
Entre a correria de fazer do hoje um bom dia, e do amanhã um melhor, e do outro ainda mais... Acho que vale a doçura do abraço, do olhar que quer dizer e não sabe, do sorriso com vida,... Acho que vale, entre as correrias, uma parada pra palavra com amor, pra palavra de agradecimento com mais amor ainda.
A doçura, como o carinho, como o afeto, não ocupa um tempo que não se tenha. Pode ocupar espaço, papéis,... Mas esse tempo, não. A única coisa que ocupa esse tempo é falta disso tudo, que faz do tempo um tempo sem tempo.
R.A 10/03/11 (entre o livro e a cama)

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