domingo, 24 de outubro de 2010

Ausente por dentro

Eu me sinto ausente. Ausente mesmo, não vazia. Vazia é feio demais para a beleza que eu tenho aqui. Beleza de amor, pode ser. Mas ausente. Ausente é uma palavra tão ausente de dor, né? É, é isso que eu sinto. Ausência de dor! Ausência de mim! Ausência de ti! Eu sinto falta das pessoas, das conversas, de tudo. Eu sinto falta dos detalhes! Dos teus detalhes! Dos nossos detalhes! E eu me sinto deixar tudo, tudo de lado. Não tenho mais lágrimas, não escrevo mais em versos, não espero mais ninguém pela manhã, nem me espero mais pela manhã. E chega a tarde, foi-se o dia! E eu aqui, cada vez mais distante. Porque nós éramos, eu era, tanta dor, e tanto amor, e eu era tão eu, tão cheia de esperas e de palavras para jogar no papel. E agora eu aqui, sem dizer é nada, só querendo mesmo é dizer que ando tão ausente por dentro, porque sei lá onde eu ando, sabe... Só sei que longe de ti, longe de tudo, enfim, longe.

R.A (03/05/10)

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