domingo, 24 de outubro de 2010

E eu gostei tanto de ti, sabia? Gostei, sim. Cada dia, cada minuto, em cada canto, gesto, gosto, inevitáveis atos da vida. E eu gostei tanto, mas tanto mesmo, que tu nem foste projeção alguma. Foste tu mesma. De carne e osso. E já passava de amor, e de carinho, e de ardor, era mais... Era da alma. Sabe o que aconteceu? Eu carecia de algo que faltava em ti também, e nós éramos duas perdidas do amor que se tem ou não se tem na vida. Nós não tínhamos. Por isso gostei tanto de ti. Porque a tua falta era a minha falta. E tu não podias preencher nada em mim, enfim. Sabe, isso doeu. Mas acredite, eu superei. Superei! Mas tive que começar de cada fio de sentimento meu, porque cada um deles ainda procurava em ti o que tu procuravas no mundo também. Sabe a conclusão que eu cheguei disso tudo? Eu gostei tanto de ti que volta e meia me pego esquecendo da falta que aquele amor me faz, pois já careço mais é de ti...

R.A (28/05/10)

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