terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Foi triste...

Nenhuma palavra. Isso que houve! Nenhum indício, olhar, nada. Não teve nada. E não sei o que pensar. Aliás, começo por não entender porque fez aquilo. Porque provocou aquele silêncio do que podia ser dito, porque provocou aquela falta. Foi pesado! Acho que foi como me arrancar certas coisas à força. Não esperava por essa! Aquele sentimento de segurança se foi, aquela confiança sumiu por horas. Aliás, não voltou ainda. Estou cheia de insegurança, estou sem confiança! Não sei o que fazer assim. Não sei por onde começar, onde me agarrar, e se tem um lugar onde eu possa fazer isso... Se o único não era o teu. E, puxa, só queria uma palavra. Uma que fosse, estava ótimo! Não pararia aqui pra escrever isso, e estaria firme, ou pelo menos perto disso. E não estou! Pra que aquele nada? Olha, fazia tempo que não me encontrava com a incompreensão. Não lembrava mais de como ela é solitária. E tive a impressão que nem sabia o quanto é escura. Penso até que foi a luz que deixou assim: mais escura, mais solitária. E, ah, é tão, tão só, dá uma pena. Uma pena até da gente que já entrou em contato com o outro lado. É, tenho, nessas últimas horas, sentido isso por mim mesma: pena. Não esperava por essa! Não esperava mesmo. Sabe, confesso que até horas antes de acontecer, fiquei pensando como seria, e já estava com medo da palavra única. Daquela "uma só" que estaria ótimo. Aliás, confesso até mais: não fiz nada há dias pensando nisso. Nessa palavra, nesse encontro. E sabe como foi? Fomos estranhos em um lugar qualquer discutindo as estações do ano. Eu não disse nada, já havia dito muito. Esperava só a resposta. E, como sempre, ouvi demais. Mas, nesse "demais", dessa vez, nada. Saí de lá totalmente sem reação. Quase fui atropelada. Aquela pessoa naquele lugar não era aquela de quem esperava a resposta. Qualquer resposta! E nem precisava ser resposta: podia ser sinal, abraço, aperto de mão... Podia ser um pouco mais de abrigo. Mas não, não houve nada. Caí em incompreensão! E, ainda, acho que saí de lá não aquela que entrou. Encontrei alguém que não era, saí de lá também não mais sendo. Triste isso! Entrei inteira... Saí quebrada.
R.A 06/12/10

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