quinta-feira, 3 de março de 2011

(textos que não sei acabar)

Abro os olhos, acendo a luz. Gosto das cores! Imagina um mundo preto e branco? Não, nunca seria. Tem sempre um raio divino que vem, nos acende- e mostra. A gente ia encontrar as cores. Afinal, tanto a gente encontrou. A luta num desejo, a morte num desespero, o amor nos braços de alguém. Viriam- as cores viriam- porque tem sempre um raio divino que traz! E certos raios divinos- por vezes na terra- trazem até a gente. E estes raios divinos- por vezes mais divinos ainda- são outro alguém.
Que lindo isso, não? Acho belíssimo! E lamentaria não saber descrever isso, transformar essa beleza em palavras; lamentaria se não soubesse que esse é um sentir onde a palavra pra descrição é como um pontinho no plano; lamentaria se não soubesse que não tenho como ter palavras pra isso. É que é um raio, é um lampejo de luz, passa rápido demais pelos olhos e entra fundo, bem fundo. E se aloja aqui dentro, vai ficando, se espalhando, vai iluminando, vai deixando colorido... E daí colocar pra fora e dizer o que é, é quase impossível- é como juntar a luz. Dá? Não, não dá!
E, às vezes, são vários, vários raios, vários lampejos de luz. E a gente quer agarrar eles pra ver o que é, mas não consegue. É que não dá pra agarrar a luz, não dá não.
Tem raios que são fortes, outros que são fracos. Outros que deixam uma luz eterna- como o raio divino das cores, que veio. Outros que não deixam uma luz eterna- mas deixam a luz necessária para o tempo de vida. Outros, a luz necessária pra sobreviver a um dia, outros pra escrever um texto, outros pra montar uma resposta; outros pra outras coisas, pra outros. E essa loucura de raios divinos é o que há de mais bonito! É o que há de mais bonito, porque além de tudo, o raio divino pode ser a gente também! A gente pode cair dentro da gente e pode iluminar! A gente pode ser a luz. A gente pode dar a cor! E me diz- tem coisa mais bonita do que a grandeza de ser? [...]

R.A 03/03/11

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