sábado, 5 de março de 2011

Escrevo sete textos ao mesmo tempo. Ao mesmo tempo, agora. Sete ideias diferentes, sete sentimentos diferentes, sete loucuras sentidas distintamente. Esse é o sétimo!
Meu Deus, que vida é essa? Que vida é essa que não deixa sentir uma coisa de cada vez? Lembrar um coisa de cada vez, falar uma coisa de cada vez... Meu Deus, que vida é essa?
Estou lendo seis livros. Seis livros- seis autores- seis histórias diferentes. Estou escrevendo agora pra três pessoas diferentes. Uma que sabe que escrevo pra ela, a outra que desconfia, a outra que não existe. Três pessoas- três existências- duas vividas, a outra não mais. Estou lendo seis livros. Erico, Álvares, Caio, Calligaris, Maitê, Darian. Seis nomes diferentes. Se não consigo pegar um só por vez? Não. Deito, todos os dias, ou mais ou menos do que acordei- nunca só o que acordei ou o que fui dormir no dia anterior. E nisso sempre aparece um desejo diferente, ou um já antigo, só que mais forte- ou, um tão forte- e não mais. E assim que vou atrás da história que acho se aproximar mais de mim, mais do desejo. Pego a história que acho que vai tocar mais essa pessoa com esse desejo ainda novo e forte, ou velho e já fraco. E assim vou rodando entre um livro e outro- entre vários livros- entre os seis de agora. Até que vou tanto pro lado de um "tipo" de desejo, que acabo cada um dos livros.
E daí olho pra isso... E me pergunto "por quê"? Por que esse rodízio, esses desejos, esses autores tão distintos? Por que essa loucura?
Hoje cedo li assim no perfil de alguém: Sou minha mãe, minha filha, minha irmã, minha menina.
Li isso- parei. Achei o porquê!
Quando se é um só, já é muita vida pra um corpo. Quando se assume mais de um papel- meu Deus!
Já é normal que a vida nos leve a confusão de nos jogarmos em várias histórias ao mesmo tempo... Já é normal na normalidade... Então como não teria vários livros ao lado da cama?
Aliás, muita coisa é normal! Muita coisa é normal porque a gente quer ser mais do que o corpo, a gente quer ser do tamanho da vida- e a vida, ou as vidas, são muito. Muita coisa é normal- inclusive a confusão.
Aliás, normal é, sim, a gente se perder.
E mais: bonito é, sim, a gente tentar se encontrar. Ainda mais quando a procura é por mais de um dentro de si...
Não há pecado em sermos nós mesmos! E, em certos casos, não há pecado, também, em sermos o papel de outros, que outros não são ou não tiveram a oportunidade de ser. Em sermos por outros! Não, não há pecado nisso. Há coragem e, também, uma certa paixão*! Só isso! Só isso, que é muito, que é quase tudo. Só isso... que são os vários livros na cabeceira...

P.S.: paixão... pela vida, pela gente.
R.A 05/03/11

2 comentários:

  1. Oi Richelli, tudo bem?

    Não sei se você se lembra de mim, sou amiga e colega do Santana, nós já nos vimos num dia desses :D

    Eu tive a oportunidade de ler alguns de seus posts e eu gostei muito! Achei que eles são bem criativos e percebi que você os escreve com emoção, só pela forma como você se expressa por meio deles!

    Parabéns pelo seu blog, é realmente muito criativo! Continue escrevendo bem assim, porque desse jeito você vai longe!

    Espero que nos encontremos em outras oportunidades!

    Até mais! Bruna Lima*-*

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  2. Que sigas escrevendo Ri!As tuas palavras e idéias se completam em cada texto....Caio sempre presente no teu coração com certeza.bjs Le

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